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Although Vinicius had established his public figure through poetry and popular song, he was one of the greatest prose writers of his generation. As a matter of fact, a generation where the good prose of that time was crystallized through a chronic genre extremely characterized by the style of Rio de Janeiro city.
With a large number of newspapers that circulated in the city and with a team of writers which would vary from Rubem Braga to Carlinhos de Oliveira, from Carlos Drummond de Andrade to Clarice Lispector, from Fernando Sabino to Nelson Rodrigues, Vinicius sit among them as a chronicler who transmitted to the prose, the same reasons and the same lightness of style that he presented to the public in his poems.
O MARGARIDA’S
A d. Margarida,
pelos seus bons pratos, pelos seus bons tratos
A cavaleiro de um bonito vale
Em Petrópolis, ao fim de umas subidas
Há um hotel que dá margem a que se fale:
O Margarida’s.
A dona (Margarida) é criatura
Das melhores, no trato e nas comidas
E não bastasse, é boa a arquitetura
Do Margarida’s.
Para quem gosta, existe uma piscina
E mesmo um bar com todas as bebidas
Mas bom de fato é a água cristalina
Do Margarida’s.
A vista é linda: ao longe a catedral
E o largo Dom Afonso e as avenidas...
E à noite o fabuloso céu austral
Do Margarida’s.
Há quaresmas e acácias pela serra
E muitas outras coisas coloridas
E o ar é frio e puro, e verde a terra
No Margarida’s.
Amigo, se o que buscas é... buscar-te
Ou quem sabe curar velhas feridas
Eis meu conselho: não hesites, parte
Ao Margarida’s.