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Nessa sala perdida na Inglaterra...

Rio de Janeiro , 2004

Oxford
Nessa sala perdida na Inglaterra 
Vivo entre coisas mortas, vivo e mudo 
Poeta louco e triste, eu te saúdo 
No teu quarto de século na terra 

Não te valha essa máscara de estudo 
Nem te sirva essa máscara de guerra 
Valha-te essa tristeza que te aterra 
E essa loucura que em tua alma é tudo 

Mova-te o sangue que em teu ser lateja 
Leve-te o estro lúcido e distante 
Que consomes nos copos de cerveja 

Leve-te a vida ao bem da tua amante 
E a morte, que do túmulo te beija 
Viva-te como um momento deste instante.