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Soneto na morte de José Arthur da Frota Moreira

Rio de Janeiro , 2004

Cantamos ao nascer o mesmo canto 
De alegria, de súplica e de horror 
E a mulher nos surgiu no mesmo encanto 
Na mesma dúvida e na mesma dor. 

Criamos toda a sedução, e tanto 
Que de nós seduzido, o sedutor 
Morreu nas mesmas lágrimas de amor 
Ao milagre maior do amor em pranto. 

Fui um pouco teu cão e teu mendigo 
E tu, como eu, mendigo de outro pão 
Sempre guardaste o pão do teu amigo 

Meu misterioso irmão, sigo contigo 
Há tanto, tanto tempo, mão na mão... 
Ouve como chora o coração.

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