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Saudade de Manuel Bandeira

Rio de Janeiro , 1946

Não foste apenas um segredo 
De poesia e de emoção 
Foste uma estrela em meu degredo 
Poeta, pai! áspero irmão. 

Não me abraçaste só no peito 
Puseste a mão na minha mão 
Eu, pequenino - tu, eleito 
Poeta! pai, áspero irmão. 

Lúcido, alto e ascético amigo 
De triste e claro coração 
Que sonhas tanto a sós contigo 
Poeta, pai, áspero irmão?

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