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A morte em mim. Alguém (o medo) desce...

Rio de Janeiro , 2004

A morte em mim. Alguém (o medo) desce 
Uma rua noturna, e de repente 
Vê, soturna, no céu, a Lua, e sente 
O horror da Lua, e súbito enlouquece. 

A morte em cada ser. E alguém (a mágoa) 
Que por insone chega-se à janela 
Possui a mesma Lua dentro dela 
Que em sua carne se transforma em água. 

A Poesia em tudo. 
E a doçura de não ser mais. Ficará 
Sentado, na vertente, junto ao rio 
Vendo umas nuvens brancas, vendo o rio.