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História de alma

Rio de Janeiro , 2004

Meia-noite. Frio. Frio em tudo 
E mais frio que em tudo, frio na Alma 
A Noite grande e aberta... a Alma grande e aberta... 
Infinitamente frias... 

No alto a noite má seguia a Alma que vagava 
Enregelada e nua entre todas as almas 
Seguia a Alma presa 
Presa por todos os lados 
A Alma caminhava e a noite caminhava com ela 
A Alma fugia e a noite perseguia a Alma 
E a Alma parava. Então a noite também parava 
E mandava um frio mais frio do que a Alma 

E a Alma já fria tornava a caminhar 
E a noite vinha e perseguia a Alma 
E a Alma parava... e a Alma parava... 
E chorando ajoelhada pedia perdão...