voltarPoesias

Soneto de Londres

Londres , 1939

Que angústia estar sozinho na tristeza 
E na prece! que angústia estar sozinho 
Imensamente, na inocência! acesa 
A noite, em brancas trevas o caminho 

Da vida, e a solidão do burburinho 
Unindo as almas frias à beleza 
Da neve vã; oh, tristemente assim 
O sonho, neve pela natureza! 

Irremediável, muito irremediável 
Tanto como essa torre medieval 
Cruel, pura, insensível, inefável 

Torre; que angústia estar sozinho! ó alma 
Que ideal perfume, que fatal 
Torpor te despetala a flor do céu?

Londres, 1939

Livros com essa poesia